terça-feira, 14 de maio de 2013

Buenos Aires: Iberia, Bar e Café

Hoje começarei a dar dicas para quem vai curtir a capital da Argentina... sei que estou um pouco atrasada, é verdade, pois viajei em junho do ano passado, mas meu bloquinho de anotações havia sumido e só o achei este ano... e com tantas novidades aparecendo aqui no blog, fui deixando, deixando... mas agora basta! Será um post por semana indicando (ou não) locais para degustar a deliciosa gastronomia hermana.

Começo com um café... e quando eu digo que eu começo... é porque foi o começo também da nossa viagem. Chegamos por volta das 10:00 horas, passamos no hotel, deixamos a mala e fomos em busca de um local para tomarmos nosso desayuno. Cafés, assim como casa de carnes, são muito tradicionais por lá. Em qualquer esquina pode sentar-se e tomar um gostoso café.

Não andamos nem dois quarteirões e nos deparamos com o Iberia Café e Bar, sóbrio e frequentado, pelo menos naquele momento, por homens, quase que na totalidade.

Fonte: Google


Lendo um pouco sobre a história do local, que constava no cardápio (ponto positivo - ainda mais se tratando de um cidade que respira história, né?) percebi o porquê dos frequentadores serem na sua maioria homens. 

É um café histórico, que nasceu no início desse século, juntamente com a Av. Mayo (a principal avenida de Buenos Aires), e se transformou num reduto político, onde os republicanos acompanharam a Guerra Civil Espanhola. Por lá passou Federico Garcia Lorca, poeta e dramaturgo espanhol, que fora morto nesta guerra civil, por mostrar-se homossexual e, através de seus poemas, ser uma arma mais letal do que um revólver. 

Desse modo, com a passagem desse artista, o Iberia Café também tornou-se ponto de encontro de artistas, músicos, poetas e alguns boêmios portenhos.

Além de todo o cunho histórico, este café é dotado de alguns títulos:

- Declaro "Bar Notável" pela Lei nº 35/98;
- Em 2003 foi declarado a "Esquina da Espanha" pela legislação de Buenos Aires;
- Em 2006 foi declarado local de interesse cultural pela legislação de Buenos Aires;

Para comer, iniciamos com a tradicional medialuna (juro, no início você ama mais que tudo, depois, você fica morrendo de saudade do nosso pão de trigo!!!) e uma média com leite. (20 pesos). Para acompanhar, uma manteiguinha. 



O garçom que nos atendeu foi muito simpático e quando soube que éramos brasileiros, tentava falar mais português do que espanhol. Achei simpático da parte dele, até porque, sempre me falaram que não éramos bem vindos na nossa amiga Argentina, mas os dias que passei lá, me mostrou que isso não é verdade... até porque, somos nós que "bombamos" o turismo deles, né?

De "agrado", juntamente com o café veio um mini alfajor. Uma gracinha!


O ambiente, como eu falei é simples e sóbrio, mas sabe o que eu mais gostei? Fugiu daqueles cafés turísticos... onde tudo é feito com pompa e circunstância, pude, ali, por meia hora, viver um pouco do dia a dia dos nossos hermanos, saber o que eles comem, o que gostam de ouvir... não é um ambiente preparado para os turistas, mas para quem mora lá. Amei!!!

Uma coisa que observei nessa nossa viagem foram os preços das comidas/bebidas. Fomos "achando" que iríamos ter uma diferença muito grande, de maneira positiva, claro. Mas o que ocorreu foi totalmente ao contrário, principalmente com os preços de águas/refrigerante/café.

Por exemplo, aqui no Ibéria, os cafés mais elaborados começavam a partir de 30 pesos, e a garrafa de água, pasmem, 14 pesos (sete reais 500 ml de água).

Então, já sabem, se quiserem sentir-se argentinos e não turistas, vá até o Iberia e tome um café numa das esquinas que fora palco de muitas histórias!


Beijos,



Aline

2 comentários:

  1. Tu não foste no Café Tortoni???? Como assimmmm? Delícia total aquele lugar ♥

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    Respostas
    1. Pri... claro que fui! ;)

      Isso é assunto para outra postagem.

      Lá é uma delícia né... se pudesse, iria uma vez por ano! Só para comer!!!!!!

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